sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Opinião

A Alegre Esperança de Vencer o Medo

Manuel Alegre escreve no seu manifesto de candidatura que é um candidato supra-partidário mas não é neutro. É exactamente por essa não neutralidade que eu sou seu apoiante. Um Presidente da República não pode ser uma esfinge que gere silêncios e consensos moles, que não emite opinião e omite valores, que se desnuda da matriz política para tacticamente se manter no cargo político, que se escuda na frieza técnica da indiferença sem fazer qualquer diferença. 
Eu quero um PR que se identifique com valores, que se demarque nas opções políticas, que clame por uma ética republicana, que defenda intransigentemente a Escola Pública, o SNS, a Segurança Social Pública, que levante a voz contra um código de trabalho que liberaliza despedimentos e fomenta a precariedade, que seja o garante do estado social.
Eu quero um PR que não se envergonhe pela conquista de direitos como a despenalização da interrupção voluntária da gravidez e o casamento homossexual, que não tenha atitudes preconceituosas nem discriminatórias, que diga afrontosamente que não viabiliza leis que adulterem o conceito de “justa causa”, que não se cale perante a ofensiva neoliberal de tudo privatizar, de tudo poder ser mercadoria a mercantilizar, de tudo serem números e estatísticas como uma espécie de contas do progresso cujo resultado é o retrocesso.
Eu quero um PR que não se vergue perante o embuste do fatalismo da inevitabilidade. O mundo está em crise porque os EUA dizem que há crise, a Europa está em austeridade porque a Alemanha diz que é preciso restringir e Portugal junta recessão á crise até à depressão porque dizem que temos elevado défice e que vivemos melhor do que o que temos direito. E como somos todos iguais mas uns são mais iguais do que outros, lá vão ser os mesmos – os desfavorecidos – a pagar os desvarios que os outros - os protegidos - geraram, alimentaram e engordaram. É preciso quem diga frontalmente que este paradigma falhou, que este não é o caminho, que esta politica é a do abismo social e que basta de indecência.  
Eu quero um PR que seja justo e solidário, que promova o espírito de participação e cidadania, que pugne pela inclusão e pelo direito à diferença, que tenha uma visão aberta, cultural e ampla da liberdade e das liberdades, que mobilize a critica reivindicativa e interventiva, que estimule a esperança e faça acreditar que outro Portugal é preciso, outra Europa é prioritária e outro mundo é possível.
Eu quero um PR que não promova blocos centrais de cinzentismo político, que não subscreva uma revisão constitucional que apaga de vez o pouco que resta de Abril, que não aceite a destruição social da nossa democracia.
Eu quero um PR moderno que represente a grandeza do nosso passado, um PR popular com visão nacional na dimensão global, um PR socialista que eleve a estatura da democracia.
Camaradas, companheiros, povo de esquerda, a próxima eleição presidencial é decisiva para o futuro político do nosso país. Está em jogo sabermos obstruir a viragem direitista, conservadora e reaccionária que almeja o grande desiderato – Maioria / Governo/ Presidente!
Está em jogo a própria democracia tal a concebemos na sua plenitude – repare-se no projecto de revisão constitucional.
A hora é de luta e de confronto e não de resignação. Manuel Alegre, com as eclécticas leituras que legitimamente cada um possa fazer, é neste momento e para estas eleições o cume da referência dessa luta.
A Esquerda de hoje não pode continuar a ser sectária e cultivar idiossincrasias do passado. Sem perder a matriz ideológica do património político, temos que ter a inteligência reflexiva de estimular uma recomposição de forças e promover a junção de energias dos diferentes pensamentos de esquerda, capaz de induzir esperança e contrariar determinismos catastróficos.
A candidatura de Manuel Alegre abre caminho à mudança, constrói pontes de vontades comuns, congrega alentos de desalinhados, desiludidos e indignados, e faz acreditar que podemos ter na presidência da república uma pessoa de palavra e de confiança.
Não podemos permitir que suceda aquilo que um dia Lula da Silva afirmou aquando de uma derrota eleitoral. O medo venceu a esperança.

José Maria Cardoso – Dirigente do BE
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Manuel Alegre em frente-a-frente com Cavaco Silva na RTP:
29-12-2010
“É preciso ter esperança, mas a esperança cria-se”, afirmou Manuel Alegre no final do debate televisivo com Cavaco Silva, um debate marcado pelo contraste entre a agressividade crispada de Cavaco Silva e as respostas serenas de Manuel Alegre, delimitando com muita clareza as diferenças entre as duas candidaturas. Alegre fez questão de recordar que “o combate à crise é um combate político” e que tem “uma visão mais aberta” acerca de leis que “representaram progressos civilizacionais”, como a lei da IVG, da paridade, do divórcio e da procriação medicamente assistida. Para Manuel Alegre o que está em causa nas eleições é a agenda política das “forças conservadoras apoiadas pelos grandes interesses” “no sentido de esvaziar o conteúdo social da Constituição que vai ser jurada pelo próximo Presidente” e por isso apelou à resistência contra a abstenção.
Veja o debate no site da RTP AQUI Ler mais

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

conto de Natal
24-12-2010 Manuel Alegre, Uma estrela
Uma noite de Natal, em Paris, eu estava sozinho. (…) Procurei o bistrot onde costumava comer uma omelete de fiambre. (…) Havia mais três solitários no bistrot, um velho de grandes barbas, um tipo com cara de eslavo, um africano. Convidei-os para partilharem comigo a garrafa de Porto, que não resistiu muito tempo. Encomendámos outras bebidas.
- Conta uma história de Natal do teu país, pediu o velho.
- Só se for a do presépio da minha avó.
- Então conta.
Eu contei. Era já muito tarde e o patrão disse-nos que queria fechar. Chegados à rua o africano apontou o céu e disse-me: Olha.
E eu vi. Uma estrela que brilhava mais que as outras estrelas. Era uma estrela de prata. A estrela da avó. Brilhava no céu, brilhava outra vez dentro de mim, quase posso jurar que brilhava dentro dos outros três.
Então eu perguntei ao africano como se chamava. E ele respondeu:
- Baltazar.
Perguntei ao velho e ele disse:
- Melchior.
E sem que sequer eu lhe perguntasse o eslavo disse:
- O meu nome é Gaspar.
Era noite de Natal e talvez ainda por magia da avó eu estava na rua, em Les Halles, com os três reis do Oriente, Magos, diria o meu pai.
- E agora? perguntei a Baltazar.
- Agora, respondeu o africano apontando a estrela, agora vamos para Belém. Ler mais

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Manuel Alegre assinou um documento de compromisso com cerca de uma centena de dirigentes sindicais da CGTP-IN, da UGT e outras organizações sindicais, no qual promete usar todos os seus poderes para defender os direitos sociais e os serviços públicos. Intitulado “Um compromisso entre Manuel Alegre e os trabalhadores”, o candidato presidencial recebe em contrapartida o apoio destes sindicalistas.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Manuel Alegre na apresentação do Contrato Presidencial
Manuel Alegre na apresentação do Contrato Presidencial e da Comissão de Honra
"Não sou só eu que me candidato. Somos todos nós, os que acreditamos nos valores da liberdade, da justiça social e da solidariedade; todos nós, os que queremos uma democracia melhor; todos nós, os que dentro de partidos ou fora deles queremos uma nova esperança para Portugal. Dirijo-me às mulheres, aos homens e aos jovens do meu país, aos independentes e membros dos movimentos cívicos que estão na génese da minha candidatura, dirijo-me aos meus camaradas do Partido Socialista, dirijo-me aos companheiros do Bloco de Esquerda e da Renovação Comunista, dirijo-me a todos os que se reclamam da Doutrina Social da Igreja e a todos os portugueses e portuguesas que estão descontentes e querem dar a volta à política para construir uma sociedade mais justa e mais humanista: esta é uma hora de unir,de somar e de mobilizar."
Veja o Contrato Presidencial

Coube a Maria de Belém, mandatária nacional, fazer a apresentação da Comissão de Honra, uma lista de 1918 personalidades, constituída por cidadãos e cidadãs das mais diversas áreas profissionais, do desporto a vários quadrantes da política, passando pela medicina, religião, cultura e sindicalismo, que assim dão público testemunho do seu apoio à candidatura. Entre os seus membros encontra-se Jorge Sampaio, ex-Presidente da República, que usou da palavra e, num registo afectivo e bem humorado, explicou as razões que o levam a assumir o apoio a Manuel Alegre, num momento de tão grave crise nacional.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Manuel Alegre na Universidade de Coimbra
Manuel Alegre defendeu hoje, em Coimbra, a necessidade de mudar o modelo de desenvolvimento actual, em que “uma juventude cada vez mais qualificada” se confronta com “um mercado de trabalho desadequado”. Para o candidato, um país que não ultrapasse a “precariedade e incerteza da juventude” é “um país ameaçado e uma democracia falhada”.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Manuel Alegre no jantar do Mercado da Ribeira
Manuel Alegre discursando no jantar de apoiantes em Lisboa
  “Não quero ser o Presidente da depressão, quero ser o Presidente da recuperação”, disse Manuel Alegre esta noite num jantar com apoiantes no Mercado da Ribeira. “Este é um momento em que é preciso que a voz do Presidente se faça ouvir”, defendeu, apelando à mobilização de toda a esquerda, mas também dos que votam na direita e querem uma democracia mais justa e solidária, e ao combate aos indecisos e à abstenção nas eleições de 23 de Janeiro, porque “precisamos todos uns dos outros”.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Manuel Alegre na apresentação do Movimento Já
Manuel Alegre na apresentação do Movimento Já
“Estamos hoje a lançar o Movimento Já com sentido de urgência, porque é preciso dar a volta ao mundo já, é preciso dar a volta à Europa já, é preciso dar a volta a Portugal já”, exortou Manuel Alegre esta tarde na apresentação do movimento de jovens apoiantes da sua campanha. Porque é preciso “restabelecer a confiança na política e criar uma nova esperança para Portugal”, o candidato defende que “só é possível mudar a politica se a juventude se empenhar no combate político”, pois “são os jovens que têm que assumir o nosso destino colectivo”.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Manuel Alegre em debate na UBI, Covilhã
Manuel Alegre no debate com alunos da UBI
Manuel Alegre defendeu hoje que é preciso criar licenciados para as necessidades de modernização do país, “não para as do Belmiro de Azevedo”, e voltou a exortar os jovens a um “pacto de insubmissão” para fazer face às incertezas do futuro. Num debate com alunos da Universidade da Beira Interior, o candidato defendeu ainda o “Estado estratega” e a importância de combater a desertificação do interior e as assimetrias regionais.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

António Chora sobre a próxima eleição presidencial:
No almoço que contou com presença do coordenador da Comissão de Trabalhadores da Auto Europa, António Chora, o candidato reafirmou a necessidade de encontrar uma resposta para a crise, sublinhando que “não há saída para Portugal ou para a Europa que não seja pela esquerda”. Referindo-se à sua candidatura, Manuel Alegre acrescentou ainda que “a única saída possível no dia 23 de Janeiro para o futuro de Portugal, para o futuro da democracia e do 25 de Abril, é a vitória da esquerda”.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Manuel Alegre em conferência com alunos do ISCSP
“Como presidente serei um companheiro dos jovens”, comprometeu-se hoje Manuel Alegre numa conferência com alunos do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, ISCSP. “Se eles forem conformistas tentarei transmitir alguma rebeldia e inconformismo, porque a rebeldia e o inconformismo da juventude são necessários para construir um futuro democrático”, garantiu o candidato presidencial, reiterando a sua preocupação com os problemas que afectam os jovens

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Manuel Alegre na Região do Oeste
Visita à Luis Vicente, empresa frutícola da Lourinhã
Manuel Alegre defendeu hoje, na região Oeste, a importância de “valorizar muito a nossa agricultura” e refazer o “ tecido produtivo”, como forma de garantir a independência nacional e a “resolução dos nossos problemas”. Antes, numa cerimónia na Câmara da Lourinhã, o candidato considerou que Cavaco Silva não é “um factor de estabilidade e na prática não é o presidente de todos os portugueses”, ao criar “conflitos sem necessidade”, como no caso do estatuto administrativo dos Açores, ou ao promulgar leis que depois desvaloriza.

domingo, 5 de dezembro de 2010

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Manuel Alegre em declarações à comunicação social
Manuel Alegre considerou hoje que é “urgente uma rápida clarificação” de Cavaco Silva sobre a sua disponibilidade para os debates televisivos durante o mês de Dezembro, como acordado entre todas as candidaturas e as televisões. Para o candidato, a falta de clareza do actual Presidente pode ser interpretada “como uma fuga ao debate democrático e uma inédita tentativa de desvirtuamento de uma campanha eleitoral para a Presidência da República”.