quinta-feira, 30 de setembro de 2010

“Acho que nesta situação, num plano de equidade e justiça, se deveria exigir à banca, uma maior contribuição para a resolução da crise e dos problemas do país. E que se deveriam acrescentar neste pacote um plano de incentivo ao crescimento e ao emprego”

Numa visita à fábrica Planimoldes, na Marinha Grande, o candidato presidencial socialista admitiu que as medidas apresentadas por José Sócrates e pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, “são duras e difíceis”, e demonstrou-se “preocupado” por se incidirem “fundamentalmente sobre os funcionários públicos, classe média e pensionistas”. Contudo, Manuel Alegre defende o acrescento de mais duas notas ao pacote de austeridade.

“Acho que nesta situação, num plano de equidade e justiça, se deveria exigir à banca, uma maior contribuição para a resolução da crise e dos problemas do país. E que se deveriam acrescentar neste pacote um plano de incentivo ao crescimento e ao emprego”, defendeu.

O histórico socialista aproveitou ainda para fazer uma recomendação ao Governo: “Também seria bom que se tornassem mais evidentes os sinais de contenção dos gastos supérfluos no país”.

À margem dos conselhos para a contenda do défice orçamental, Manuel Alegre declarou que as “pressões fortíssimas” de Bruxelas provocaram uma “grande responsabilidade nacional”. No entanto, o candidato a Belém advogou que “é preciso ter em conta as pessoas concretas” a quem se deve pedir sacrifícios.

“Esta situação [do país] preocupa-me, mas reforça os motivos que me levaram a candidatar. Penso que no futuro, mais do que nunca, é preciso um Presidente [da República] que garanta a função social do Estado e a estabilidade social como condição da própria estabilidade política”, rematou Manuel Alegre.

in Publico